segunda-feira, 13 de outubro de 2008

MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. São Paulo, Atlas, 2008.

Resenha dos capítulos 07 a 09 (pág. 67 a 106)

É visível que os ritmos das transformações no mundo empresarial ou na administração pública não ocorrem de forma aleatória. São resultados das grandes revoluções tecnológicas e de gestão que estão em curso no mundo, produzindo efeitos profundos sobre os países e suas economias.
Não se restringindo a reforma do estado à reestruturação administrativa e ao alcance do equilíbrio fiscal. Tem como principal objetivo a consolidação do processo democrático, a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável com a justiça social.A capacidade da administração pública de realizar e obter resultados em benefício da sociedade depende em geral do modo como se encontra estruturada. Tendo como base de apoio uma estrutura pesada, burocrática e centralizada, a administração pública brasileira não tem sido capaz de responder, enquanto organização, às demandas e aos desafios da modernidade.
A ação governamental no mundo contemporâneo, em quase todos os países, se realiza por meio do planejamento indicativo. Isso se concretiza através de políticas econômicas, em especial pela utilização de políticas fiscal, monetária, cambial, entre outras. Nesse sentido, a utilização do planejamento se apresenta como uma ferramenta que torna mais provável a ocorrência de um futuro desejável.
Atualmente, o grande desafio das organizações é inovar profundamente o conceito de seu negócio. No contexto da Nova Economia, o planejamento estratégico adquire papel importante e fará a diferença para as organizações que implementam com agilidade, inovação e competência.
O planejamento é uma prática essencial na administração pública ou privada, devido aos benefícios que esta ferramenta traz às organizações. Entre eles, podemos destacar: a elevação da eficiência, eficácia e efetividade da organização. O Estado tem função explícita de planejamento. O planejamento governamental, além de um instrumento da ação pública, deve ser visto como imposição constitucional. A ampliação das funções do Estado, como estimulador do desenvolvimento econômico, tendo como preocupação a promoção do bem comum, determina o emprego do planejamento de forma a possibilitar a formulação de programas para prever e, em conseqüência, aparelhar-se para atender às futuras necessidades do país.
O planejamento estratégico é uma ferramenta e uma técnica para gerenciar o caminho que leva aos objetivos desejados por qualquer organização. Por meio do planejamento é que se procura alcançar os objetivos identificados e definidos pela organização.O alcance de resultados positivos na implementação de planejamento estratégico, principalmente na administração pública depende das condições e forma para a sua concretização.


Brasil avança em competitividade

Jornal o Estado de São Paulo Digital
Autor: Jamil Chade e José Henrique Lopes
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080515/not_imp172911,0.ph
p

A publicação do Anuário de Competitividade Mundial (WCY) de 2008, ferramenta que mede a capacidade que um país tem de propiciar às empresas, um ambiente saudável de concorrência e crescimento, do IMD, melhor escola de administração do mundo, traz o Brasil na 43ª posição de um grupo de 55 países. No ranking das economias que mais resistem à turbulência, o Brasil ocupa a 9ª posição, o que prova que a economia está sólida e há confiança dentro do País fazendo do setor privado o 29º mais competitivo do mundo. O governo brasileiro, mal avaliado, ocupa a 50ª posição no item "educação superior" e no item institucional, considerado o 3º pior do ranking, o que lhe deixa na 51ª posição entre os 55 estados analisados no item eficiência do governo. A conclusão é de que o Brasil está numa boa direção, mas precisa tornar sua estrutura pública menos pesada e mais ágil para tomar decisões.



Comentário crítico

Segundo Matias-Pereira, a capacidade da administração pública de realizar e obter resultados em benefício da sociedade depende em geral do modo como se encontra estruturada, e tem como exemplo o Brasil, que tem como base de apoio uma estrutura pesada, burocrática e centralizada, incapaz de responder, enquanto organização, às demandas e aos desafios da modernidade.
Sob o aspecto global, a observação do autor encontra ressonância com a matéria jornalística, mas, ao tempo que esta mostra o muito que há por se fazer, ressalta que muito tem sido realizado quando cita a colocação do Brasil no 29º lugar em competitividade no setor privado e na 9º posição dentre as economias que mais resistem à crise. É uma constatação de que o imobilismo de governos anteriores está deixando de fazer parte da cultura de nossa administração pública. Ainda reativos, mas com postura nova, buscando a adequação frente aos desafios do mundo contemporâneo ao incorporar elementos já utilizados na iniciativa privada.

Um comentário:

Anônimo disse...

REALMENTE,
as iniciativas privadas e a transferências de servicos públicos estão se tornando a solução. SÓ NÃO SEI ONDE.

focar os problemas apenas na burocratização (que existe atualemnte em qualquer Estado) e na presença estatal é um equívoco nítido. Basta ver as socias democracias européias e a disparidade da sua assistência à população